A Arteterapia consiste no uso de recursos artísticos, visuais e/ou expressivos como elemento terapêutico.
Ela atua no processo de reconhecimento do que está guardado no inconsciente, crenças limitantes e arquétipos .
Questões submersas no inconsciente como uma forma de proteção e sobrevivência do ser é um recurso efetivo que aflora este olhar para si.
Através da arte é possível que tais questões venham à tona e tragam informações importantíssimas que o inconsciente insistia em esconder. Informações estas que são a respeito de tudo o que essa pessoa já passou, desde sua concepção, infância e seus reflexos na fase adulta.
Nem sempre essas informações vêm através de um processo normal de psicoterapia.
Quando se produz artisticamente com o intuito terapêutico, é possível cavar e acessar conteúdos que interferem diretamente no dia a dia através do comportamento e das emoções.
Conteúdos internos estes que às vezes nem se imagina que possam controlar a forma de se comportar consigo, com os que estão em volta, com o mundo.
Para as famílias, especialmente para as mães, as consequências de ter um filho com deficiência ou atraso intelectual são inúmeras, sendo uma delas o esquecimento de olhar para si.
Muito disso se deve ao fator cultural onde o cuidado dos filhos compete à mãe.
Assim, elas podem viver esta situação de duas formas: enfrentando ou reagindo. Quando ela enfrenta, faz o que é preciso para lidar com o problema, busca recursos e segue. Mas quando ela reage, ela lida diretamente com as emoções, desde confusão até o medo da incapacidade e da incompetência.
Por seu olhar estar voltado para estas questões, para a mãe de um filho com deficiência, o processo na busca de si mesma como indivíduo nem sempre é fácil e, na maioria das vezes, impossível de ser feito sozinha.
Por Alessandra Alessandri
Arteterapeuta
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